olho-me ao espelho, e observo cada pormenor meu. olho-me e não me reconheço. perdia-me no brilho dos meus olhos, e irradiava qualquer coisa com o meu sorriso. olho-me e vejo o que nunca vi. olho para mim e não me vejo. olho e não paro de olhar. olho e vejo um reflexo que foi feito de experiências e de pessoas. olho-me e revejo a pessoa que destruíste e a pessoa que crias-te. relembro a doçura, e confronto-me com a frieza. recordo os sorrisos, e só vejo lágrimas. não de dor, mas sim de desilusão. desilusão criada por ilusão em demasia, em confiança demais depositada, e num amor perdido pelo qual dei tudo de mim. dei tudo, sem pedir nada em troca. dei tudo, e o que eu te dei mais ninguém conseguirá dar. dei tudo, e vejo-me sem nada. vejo um nada que se ganha com o tempo, mas passe o tempo que passar nunca encontrarás alguém como eu.
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