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2.15.2014

today


procurei o teu abraço nas noites mais frias, para que me aquecesses e me confortasses. procurei-te nos dias tristes e cinzentos, para apenas olhar para ti e sentir alguma felicidade. felicidade por te ver, por saber que te tinha, por saber que estavas comigo. procurei-te nos dias em que apenas sabia sorrir. procurei-te dia após dia, para partilhar cada coisa que me acontecia. para partilhar o meu amor por ti. para dar-te tudo de mim e para apenas receber o teu carinho. procurei-te nem que fosse só para te ver, só para sentir a tua presença, só para olhar para os teus olhos mais uma vez, só para sentir a textura da tua mão e do teu corpo. procurei-te, mal ou bem. procurei-te porque precisei de ti, precisei que estivesses comigo. que me acalmasses com a tua voz segura, que me desligasses deste mundo cruel com o teu beijo, me adormecesses nos teus braços. precisei de ti, e por isso procurei-te. contudo cansei-me. cansei-me de te procurar, porque nunca estavas lá, aliás, percebi hoje que nunca estiveste. porque a minha vontade sempre foi maior que a tua e o meu desejo mais profundo que o teu. 
perdi-me ao procurar-te e por isso, hoje procuro-me, com a vontade de te esquecer, e com o desejo de me encontrar. 

1.16.2014

friendship



por tudo o que te dei, lembro me de ti hoje. dado em vão, dei-te. pensamentos sem sentido preenchem a minha mente, ponderando o facto de voltar a ser o que era, sabendo que é impossível. porque por instantes tudo se perdeu. perdeu-se. dando conta da perda, mas não podendo ganhá-la. a saudade bate quando penso, e é por isso que não gosto de pensar. pensar que tudo o que perdi, levou tudo o que eu te dei. o meu coração perdoa-te pela pessoa que eu recordo, mas a minha mente não o permite pela pessoa que vejo hoje. lembro me de ti hoje, com a esperança de te poder vir a perdoar um dia esquecendo quem és, e levar a pessoa que foste. 

12.07.2013

dear heart


não sei o que quero de ti, nem o que por ti sinto. não sei ao certo o que nos reserva, não sei o que nos espera, não sei o meu destino, quanto mais o nosso. não sei a duração nem a intensidade deste nosso amor. amor na minha mente, amizade no meu coração. e é isso que me destrói. destrói-me ver alguém que gosta de mim sem exigir mudanças, sem apontar os meus defeitos, alguém que me dá atenção e todo o carinho do mundo. destrói-me, porque o sentimento não é mutuo. 

11.01.2013


as lágrimas secaram,o amor evaporou-se, a raiva foi levada. repus a paz que procurava, com a distância que causou a minha dor. não te deixei, mas deixei para lá tudo o que um dia me deste. deixei porque independentemente de tudo, a vida é para a frente, e há coisas que ficam para trás.os sorrisos voltaram, o arrependimento não existe e o que hoje sinto, compensa o que algum dia senti. compensa o que achei incompensável, e que hoje é algo que não tem espaço no meu coração. coração que esfriou com os teus erros, e que aqueceu com a tua ausência. ausência que desfez o que restou, que destruiu o que eu um dia senti por ti. agarraste-te a algo sem suporte, sem nexo, sem futuro. agarraste-te com a esperança de dar certo, quando sabiass que o certo era dar errado. e quando dás por ti, recorres as memórias, porque de mim foi a única coisa que te deixei. 

10.11.2013

u and I


e hoje lembrei me de ti. não sei se foi por ter relembrado os tempos em que era totalmente feliz, não sei o motivo nem o porque. hoje lembrei de ti e de mim, lembrei me de nós. nós que nunca existiu, mas que a minha mente ainda imagina. lembrei-me das tuas palavras, inconfundíveis, incomparáveis e inesquecíveis. lembrei-me talvez pela ausência de as ouvir. e hoje lembrei me de ti. lembrei me da felicidade que percorria o meu corpo e preenchia a minha alma quando ouvia a tua voz. lembrei me do que guardei em tempos, lembrei me do que pensava que já tinha esquecido. lembrei-me de ti mais uma vez. lembrei-me da pessoa, a única que eu dei tudo, a única que me fez sentir o que nunca senti. e eu tento, e canso-me de tentar, perco o meu tempo e não paro de perder, ao tentar encontrar noutro o que só em ti encontrei. e hoje lembrei me de ti. lembrei me hoje, lembro me amanhã, e lembro me para o resto da vida. levo-te no coração, já que as nossas mãos deixaram de se tocar. levo-te, sabendo que tu não. levo-te e levar-te-ei sempre. levo-te, porque nunca te deixei. 

9.29.2013


descobrimos coisas em tempos que já foi tudo descoberto. revivemos momentos que a nossa mente já apagou. recordamos pessoas que há muito foram esquecidas. voltamos a sentir sentimentos que o nosso coração deixou de sentir. voltamos ao passado, mas com os pés no presente e com a vontade de um melhor futuro. deixamos coisas por dizer, com a ambição de algum dia podermos ter a oportunidade de esclarecer o que nunca foi esclarecido. vivemos com a ambição de deixar para amanhã, graças ao receio que sentimos hoje. deixamos pessoas que se perdem do nosso destino, perdemos tempo que não volta, deixamos tudo por nada. deixamos que a nossa alma seja consumida pelo arrependimento e que seja destruída pela saudade.

9.01.2013

you.


olho-me ao espelho, e observo cada pormenor meu. olho-me e não me reconheço. perdia-me no brilho dos meus olhos, e irradiava qualquer coisa com o meu sorriso. olho-me e vejo o que nunca vi. olho para mim e não me vejo. olho e não paro de olhar. olho e vejo um reflexo que foi feito de experiências e de pessoas. olho-me e revejo a pessoa que destruíste e a pessoa que crias-te. relembro a doçura, e confronto-me com a frieza. recordo os sorrisos, e só vejo lágrimas. não de dor, mas sim de desilusão. desilusão criada por ilusão em demasia, em confiança demais depositada, e num amor perdido pelo qual dei tudo de mim. dei tudo, sem pedir nada em troca. dei tudo, e o que eu te dei mais ninguém conseguirá dar. dei tudo, e vejo-me sem nada. vejo um nada que se ganha com o tempo, mas passe o tempo que passar nunca encontrarás alguém como eu.